segunda-feira, 12 de julho de 2010
O silêncio
sexta-feira, 19 de março de 2010
Não sei
Eu olho ao redor e tudo o que vejo me desanima
As pessoas parecem perdidas em seus próprios interesses
Aprisionadas na rotina, em busca de satisfação
Mas não sabem realmente o que fazer
Eu não sei
Eu quero acreditar nas coisas boas,
E ter esperança de que o feitiço deste século se quebre
Porém, eu mesmo não sou bom
Eu mesmo sou escravo
Não consigo distinguir o que é real do que me fizeram acreditar que é real
Através dos olhos da ciência, vejo o mundo de modo pessimista
E encaro a vida como resultado de complexos processos
Processos que, confesso, acho que nunca vou entender
Um dia eu tentei a religião
E encontrei mais perguntas que respostas
Chorei as mentiras contadas às pessoas
Sob o pretexto de salvação da alma
Com a desculpa de que o melhor está no por vir
E hoje, sou resultado da colisão de duas realidades tão opostas
Percebi que não se trata da “Ciência” ou da “Religião”
Na verdade, temos cientistas e religiosos
E, como homens que são, ambos mentem, crêem em excesso
Acreditam sempre ter descoberto o grande “segredo” até que alguém venha com uma nova idéia
E as idéias antigas se tornam fora de moda
Quer dizer, fora de moda até que alguém, muito ou pouco tempo depois,
Diga que na verdade eram boas e o ciclo se feche novamente
Portanto, só posso dizer que não sei
Acreditar ou verificar?
A priori ou a posteriori?
Diria que minha alma está assombrada
Entretanto, nem sei se tenho uma alma
E, por assim dizer, nem sei se posso ser assombrado
Talvez seja louco
Mas a loucura também depende do ponto de vista
Então não sei
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Ecos da alma
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Perguntas
domingo, 17 de janeiro de 2010
Quem Somos nós
Animais cujos corações estão perdidos, incapazes de se comunicarem, confusos numa babel de sentimentos...
Vítimas do próprio preconceito, abismos intransponíveis de separação.
Comunhão fingida, superficialidade ensaiada.
Show de vaidades, espectadores mórbidos e inertes.
Medo socialmente correto, politicamente engajado.
Discursos prosaicos e vazios.
Almas carentes, famintas pela sinceridade cativa.
Ansiosas pelo amor liquefeito no calor da modernidade.
Sem um lar, peregrinos em terra hostil.
Escravos das engrenagens de um sistema impiedoso.